Entrevista e perfil do professor Giovandro Marcus Ferreira Giovandro Marcus Ferreira possui graduação em Comunicação Social Jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (1984), graduação em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1986), mestrado em Ciências da Informação Medias - Université de Paris II Panthéon Assas (1994) e doutorado em Ciências da Informação Medias - Université de Paris II Panthéon Assas (1997). Atualmente é professor da Universidade Federal da Bahia. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Teorias da Comunicação, Teorias do Jornalismo e Análise do Discurso, atuando principalmente nos seguintes temas: história dos paradigmas da comunicação, jornalismo e posicionamento discursivo. Desde que ingressou para o quadro fixo da Facom em 2001, o então professor Giovandro Ferreira passou por diversas instancias da faculdade como o colegiado da pós-graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas, colegiado da graduação e departamento de comunicação, até chegar à direção da Facom, na qual está desde 2005. Numa breve conversa com o diretor, ele falou sobre a faculdade neste ano de comemoração dos 20 anos de “emancipação” da Facom quando houve a separação da Escola de Biblioteconomia. Para o diretor, a separação foi algo natural que trouxe melhorias para os dois cursos. A faculdade de Comunicação passou por diversas mudanças nestes 20 anos e apresenta hoje um quadro bem diferente no que diz respeito tanto a estrutura física quanto a questões administrativas e acadêmicas. Eis aqui, através das palavras do professor, algumas mudanças que a faculdade enfrentará daqui para a frente: “O MEC tem uma perspectiva de ter cursos noturnos, o que não existe na faculdade. As únicas atividades noturnas que aqui existem são pontuais e da pós-graduação. Existem pessoas que precisam da possibilidade de trabalhar durante o dia e na UFBA isso só será possível com tal mudança. A graduação noturna é algo que temos que debater”. Estrutura física “A faculdade conta com duas habilitações na graduação e dois programas de pós-graduação, grupos de pesquisa e outras atividades. Na última reunião da congregação foi discutida a ampliação do prédio. A faculdade, por exemplo, não tem condições físicas de abrigar professores visitantes, é necessário que algum professor ceda a sala nesses casos, o que gera uma situação desagradável. Com duas pós que vem se nacionalizando cada vez mais, fica difícil que haja esta troca no campo da pesquisa com a estrutura que nós temos. Temos também professores da casa com uma demanda de espaços para pesquisa”. ”Precisamos de um melhor acesso para portadores de necessidades especiais. A verba para rampas e elevadores foi solicitada através de uma emenda parlamentar, mas não foi o bastante para toda a UFBA e a Facom ficou de fora por enquanto”. “Outra questão em relação à estrutura são as divisórias que foram colocadas aqui na época da mudança. Como o prédio era um restaurante universitário, para que a estrutura fosse adaptada para salas de aula foram instaladas divisórias de um material com péssima acústica, que em breve deve ser trocado.” Curso de Cinema “Recentemente, participei de uma reunião na reitoria em que estavam presentes o reitor e os diretores das escolas de Música, Dança, Belas Artes, Teatro, Letras e Comunicação para uma breve discussão sobre o cinema. Logicamente, dentre todas essas áreas a que tem maior proximidade e pertinência é a comunicação. Essa é uma área presente na faculdade, temos aqui cerca de 12 a 14 professores com atividades na área, seja direta ou indiretamente. O setor de cinema da UFBA fica aqui na faculdade. Segundo o CNPq, o cinema está na área de comunicação. Como ele será construído, se vai ter uma nova unidade, se ele ficará dividido em várias unidades é a discussão que está sendo feita. Eu diria que vamos ter um curso de cinema. A discussão é como será feito este curso de cinema.” Sobre a Facom atual, o professor Giovandro fez a seguinte declaração: “A Facom agora tem um curso de graduação de Jornalismo que faz parte da sua tradição e um curso mais recente de Produção Cultural que está em período de amadurecimento e consolidação, que passa a ter um perfil mais nítido da sua proposta. Temos dois programas de pós-graduação, um mais antigo e mais consolidado que o outro, que vem crescendo e exercendo um crescimento através de um trabalho definido. É uma faculdade que nesses vinte anos fez história tanto na graduação quanto na pós. Ao mesmo tempo é uma faculdade que teve sua projeção nacional sobre um trabalho que tem sido feito sobretudo na pós-graduação. Na minha visão como diretor, esse é um momento muito propício para mudanças circunstanciais, o que vem acontecendo no governo do estado, de forma que a faculdade possa se aproximar mais deste cenário e tenha uma maior projeção regional e uma maior inserção nas atividades locais. Novas parcerias como a Rádio Cultura e a TV Educadora, por exemplo, dentre outras instâncias da esfera municipal e estadual seriam muito enriquecedoras para a história da faculdade, beneficiando não só os parceiros, mas fazendo com que o saber que detemos seja aproximado da realidade”.
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