Histórico dos grupos de pesquisa da faculdade Anaísa Santos Freitas e João de Deus Barreto Segundo A história da pesquisa na Facom é recente. A primeira tentativa se deu nos anos 80 com a criação do NICOM como um Núcleo Interdisciplinar de Estudos de Comunicação que reunia professores que buscavam pesquisa. Hoje, o núcleo reúne atividades de extensão. O segundo passo importante foi a criação, no ano de 1989, do programa de mestrado em comunicação e cultura contemporânea. Antes disso, em 1985, a obrigatoriedade do TCC (trabalho de conclusão de curso) criou a possibilidade de que alunos recém-saídos da graduação redigissem trabalhos de monografia e, portanto, iniciassem pesquisas em alguma área. Somente a partir de 1995, com a implantação do doutorado, que as atividades de pesquisa passaram a ser regulares. Atualmente, existem dois programas de pós-graduação funcionando na Facom: PÓSCOM (Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas) e o PÓSCULTURA (Programa de Pós-Graduação Multidisciplinar em Cultura e Sociedade). A pesquisa vinculada à graduação é feita coletivamente através do Programa de Educação Tutorial (PET) que, na Facom, contém 12 bolsistas regulares, sendo nove habilitados em Jornalismo e os demais em Produção Cultural. Esta proporção varia de acordo com a disponibilidade de vagas nas respectivas seleções. O PÓSCOM foi criado em 1989 e o doutorado implantado em 1994, tendo sido avaliado pela CAPES em 2001 com o conceito 5 (nível excelente). Dentro deste programa, há duas linhas de pesquisa: Análise de Produtos e Linguagens da Cultura Mediática e a de Cibercultura. Na primeira linha de pesquisa estão os grupos de Análise Fílmica; Análise da Fotografia (GRAFO); Análise da Televisão; Análise das Estratégias de Construção de Telejornais; Discurso, Mídia e Organização; e o grupo de pesquisa em Media e Música Popular Massiva. A linha de Cibercultura abriga o Grupo de Pesquisa em Jornalismo Online (GJOL), o Grupo de Pesquisa sobre Cibercidades (Cibercidades) e o Grupo de Pesquisa sobre Internet e Política. O CULT (Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura), criado em 2003, reúne professores que estudam cultura. Como afirma o coordenador do centro, Albino Rubim, “o CULT tem estrutura bem flexível, então permite que pessoas que sejam da faculdade ou de fora da UFBa tornem-se pesquisadores”. No centro, os pesquisadores são classificados em três níveis: plenos (que possuem doutorado), associados (participantes de outras instituições) e em formação, aqueles que estão concluindo graduação, mestrado ou doutorado. Além de pesquisas na área, o Centro lança publicações. Dentre as linhas de estudos do CULT, atualmente, a que relaciona cultura e identidade é a que mais tem trabalhos sendo desenvolvidos. Além dessa, há a de políticas culturais, na qual participa o professor Rubim. Há, também, o Grupo de Estudos e Pesquisa em Economia da Cultura – GEPEC (desde 2005), pesquisas em Equipamentos Culturais de Salvador: públicos, políticas e mercados (desde 2005), Mapeamento dos Recursos Humanos e Materiais em Cultura das Universidades Públicas Brasileiras (para o Ministério da Cultura do Brasil), em andamento também desde 2005, pesquisa sobre Políticas Culturais da Prefeitura Municipal de Salvador 1985-2004, tendo continuidade desde 2004 entre outras. Sobre a aproximação dos programas de pós-graduação com os alunos da graduação, especificamente no caso do CULT, Rubim afirma que há um enorme interesse em que essa relação se intensifique, seja através de bolsas do PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica), do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), da Fapesb (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia) ou por envolvimento voluntário. A pesquisa é importante na graduação porque fornece capacitação teórica para alimentar os cursos de pós-graduação, formando profissionais capazes de atender às demandas do mercado brasileiro e internacional, inclusive fornecendo profissionais ao ambiente acadêmico também. No caso da Facom não haveria de ser diferente, já que a instituição só tem a ganhar em acúmulo de conhecimento e divulgação do mesmo em tendo dois programas de pós-graduação distintos, com linhas de pesquisas diversas, e os respectivos grupos de pesquisa vinculados. Para o coordenador do CULT, Albino Rubim, a participação da pesquisa na universidade é fundamental, já que, segundo o mesmo, “não existe universidade sem pesquisa”. Inclusive, ele critica algumas instituições de 3º grau que não possibilitam formação de grupos de pesquisas.
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